All the nobody people.

Eu fico impressionada como todas as designações da minha vida estão incompletas ultimamente. Por começar a minha casa, eternamente de reforma, o que já traz um grande sentimento de não conclusão para a vida de qualquer um. Aí vai para o cuso que vai entrar de greve brevemente, e para meu próprio entusiamo, cada vez mais fraco. Não vejo a motivação e a desenvoltura dos meus amigos em mim, o que me faz ter um sério problema na hora de ir atrás de um emprego. Ando me sentindo burra e uma péssima escritota, até os livros ainda estão marcados no meio e água que eu bebo sempre fica pela metade. Sem mencionar o campo emocional, que é eternamente mal resolvido. Não importa qual doutrina-religião-credo você segue, todas elas defendem que coisas mal resolvidas não trazem coisas boas.Mas mesmo assim, devido a muito custo e conhecimento de uma causa perdida, estou aprendendo a ignorar os assuntos amorosos, esperando que eles se resolvam sozinhos. Eu tenho uma carteira de motorista mas não posso dirigir. E tenho muita coisa emperrada na garganta e ninguém para conversar, por que tenho plena consciência da chatice do conteúdo da corversa.A única coisa que eu tenho completa é esse círculo que eu percorro, que quebra toda vez que tento passar correndo.

Uma amiga, companheira de viagens musicais e crises de Enid, me mandou uma música que tinha um trecho que fez meus pensamentos já caóticos, entrarem em pane ontem a noite. Dizia "When there´s nothing left to burn, you have to set yourself on fire". Fiquei por alguns segundos estasiada. Toda essa sensação de coisas que não acabam, me deram uma vontade enorme de entrar em combustão instantânea. Eu quero que tudo isso acabe, pela primeira vez na vida não estou esperando as coisas se prolongarem para sentir o gosto delas até ficarem amargas.Quero fechar esse círculo, moldá-lo com fogo mesmo que fique torto e feio, pelo menos eu sei que ele vai estar fechado.