E chegou aquele momento. Uma das últimas resoluções da transição" sou adulta" é começar a fazer terapia. Eu realmente não tenho nada contra psicólogos. Até admiro, uma das minhas superstições mais imebecis é que casas absorvem a energia das pessoas que vivem nela. Não que sua casa vá virar de fato "A casa monstro", mas sei lá, se paredes absorvem umidade, morfo, ficam amarelas, o que impede da gente desabar também não é? O tempo atropela, muda tudo, sem pedir licença, sem pagar nem uma janta antes. Então na minha cabecinha
Mas acho que chegou a hora de ter um distanciamento dos problemas e analisa-los observando de fora, fumando um cigarro e constatando mentalmente "Fuck." (notem, pensar em inglês deixa o texto mais cool, e a descrição mais cinematográfica). Sem pitaco de amigo, dos quais os melhores conselhos que recebi foram alcoolizados. Eles são uns perdidos também. Ás vezes mesmo conhecendo as manias, chatices, até respiro de resignação de álguém ainda esperamos que mude. É estúpido, mas essa minha criação disneyana faz com que eu idealize o tempo todo. Mas as pessoas são o que são, se você se magoa por que elas não mudam, você está sendo louco sozinho. A mágoa reside no elemento surpresa que nunca acontece. Talvez seja a única coisa em que o tempo emperra. A vontade.
E a vida vai seguindo assim, que nem tampinha que a gente vai chutando na rua casualmente. A tal da conformidade ajuda, mesmo que ela tenha uma certa inércia. Digamos, que eu só quero fazer com que essa alegria parada gire.