Certeza mesmo,só de que a estrada nunca acaba.

Quando eu era criança costumava desenhar muito bem. Tinha uma pasta cheia de modelos de roupas(toscas e digamos assim,deveras vanguardistas!kkkkkkk).Era a menina que tinha a capa mais legal do envelope das provas,que sabia cortar desenhos legais em papel,costurar roupas de boneca.Imaginação e criatividade eu tinha muita,e amava fazer tudo aquilo.

Passei muito tempo achando que ia fazer arquitetura ou artes “quando crescer”. Aí veio a fase adolescente e mudou tudo.A segurança que havia na menina artista sumiu,e os conflitos existenciais escureceram a tela .Adeus desenhos,e olá pessoas.

Psicologia.Era isso mesmo.Tinha certeza que estava fadada a descobrir os maiores anseios da humanidade(e com muita sorte,talvez os meus).Foi então que eu descobri que as pessoas são chatas.Eu não queria passar a vida toda escutando gente mais maluca do que eu,e tentar convence-las de que o mundo é uma lugar legal e vale a pena viver.Não é pessimismo doente,é simplismente injusto tentar categorizar o nível de sofrimento das pessoas.E o mundo é sim um lugar cruel.

Então vieram os animais. Veterinária.Isso mesmo.Eu nunca descobri a razão certa pelo meu surto de Jane.A natureza era legal,e os bichinhos mais ainda.Talvez o problema foi esse,eu não tinha um espírito elevado o suficiente para isso.

Desisti de artes,pessoas e animais.E daí através de uma conta de exclusão, maluca,sobrou Jornalismo.Eu continuo não gostando muito de pessoas,porém minha paciência com elas aumentou bastante.As artes para mim são um mistério,gosto de lembrar do tempo que eu me considerava talentosa com carinho,e prefiro deixar assim.É melhor saber que eu tive um dom,do que saber que o perdi.Os animais eu ainda gosto muito,mas fico aliviada de não ter escolhido cuidar deles(Coitados se dependessem de mim!).E o jornalismo eu vou levando...de supetão as vezes,e outras,como de quem nasceu para isso.