segunda-feira, 19 de maio de 2008

Sobre provas de amor, o que a Estella me ensinou, e todas outras bobagens que escrevemos sonolentos.

E nessas conversas com um bando de meninas, algumas novidades supreendentes, acabo pensando demais. Entre algumas confissões libertadoras ouvi do tipo " Eu quero um cara que me proteja, cansei de salvar esses losers", e outras bem mulherzinhas do tipo "Ah mais no fundo, todas nós adoramos cuidar deles". Foi então que mais uma vez, guardei o comentario.Sempre acabo saindo dessas conversas, como a fatalista, invejosa amiga feia, amarga e desiludida do amor, o que de fato é verdade :D, Mas acreditem, eu já amei :O, então não me venham com aquele papo lispectorioano de que "não é saber é sentir". O amor é desculpa esfarrapada para 87% das merdas que fazemos na vida, álibi perfeito, e réu sempre inocente.Não adianta, é aquela velha história, ele só é essa grande coisa, por que todos sabem o que é ter um coração partido. Mas aonde eu quero chegar é extamente nesse ponto, esclarecendo de forma explícita, por que não basta sentir, tem de mostrar =B, tipo, que nem uma diarréia hoje em dia ninguém se dá ao trabalho de tentar entender o silêncio das pessoas

Eu acredito no amor, mesmo o aproximando de palvras como diarréia e desculpa esfarradapa, e para mim especificamente-explicidamente-com-exemplos, ele é algo parecido com a relação de Frida com seu Diego, e perdido no mundo lúdico de Candy e Dan, e por que não, um pouco de Lucy e Schroeder. Eu não acredito na monogamia e muito menos em todas as convenções de casais. Mas eu acredito piamente, na lealdade e no respeito. Não acredito em provas de amor, acreditem mais uma vez, eu já dei uma. E por experiência, elas nunca funcionam, trust me. Mesmo que a tal prova envolva um monólogo tentanto passar/explicar/tranparecer todas as emoções que aquela pessoa me fazia sentir. O que existe mesmo, é o amor em prova, um constante teste. E eu cheguei a essa conclusão meio exdrúxula, ouvindo vocês, por que sim, não importa o quanto a distância negligencie uma amizade, o fato é que eu sou uma tola. E sempre vou estar lá, a postos, resmungando, mas lá. E foi ouvindo vocês e depois lendo velhos contos,que eu escrevia, em um tempo que o tempo dava tempo, que percebi: quase nada mudou. E não foram só os graus do óculos que establizaram, a minha zanga também entrou em estágio manso, aquela garota calada e deslocada ainda existe, mesmo que hoje em dia sorri quando não quer e fale com os vendedores da loja, que nem a mãe. Aqui, sentindo falta da coragem perante o amor, e da crença de que as pessoas são mágicas. Ah, como eu sinto falta da coragem. Mas no fundo eu sabia, desde quando a Estella disse "We are, who we are, people don´t change", que tudo vai acabar bem. Um dia essa fé volta, mas por agora, é melhor dormir e sonhar...sonhar com a toca do coelho, com mais sorrisos falsos, com aquele tiquinho de esperança...

4 comentários:

Ana R. disse...

Lealdade incondicional e respeito: qualidades essenciais para unir dois seres. Tratam-se de qualidades essenciais não só na união como no caminho espiritual. Enquanto as pessoas não seguirem a intuição da alma, enquanto permanecerem na materialidade da aparência, do sexo, do ego, não vai dar certo....

Bruno S. disse...

Não me lembro de ter pensado no amor sob essa ótica, a de álibi perfeito. Mas é sim. Quiném deus e o diabo (quase escrevi quiabo). Acredito em monogamia como o poeta do "enquanto dure", e concordo que amor não se prova com dissertações. Se vive e ponto, ou não se vive e ponto.
Bj!

Mia disse...

Tudo verdade. Amor é o álibi perfeito. Por essas e outras não espero por provas de amor - não objetivamente, porque no íntimo é o que a gente precisa todos os dias...
=T

=*

Rafael Campos disse...

eu deveria te bater p/ ter escrito algo tão lindo