All the nobody people.

Querida Prudência,

Eu realmente queria que você fosse tão legal quando a da música. Queria que por um segundo você deixasse de aprontar todas as maldades, eu sei que você não tem culpa afinal você é assim, não liga muito para os sentimentos dos outros, pois o bem estar/aparente/coletivo é que deve prevalecer.

Estou escrevendo essa carta não por que acho que você vai de alguma forma mudar, só queria deixar registrada, a minha completa indgnação pela situação não resolvida entre meu eterno amor platônico e eu que já está ficando cada vez mais ridícula. E espero que ninguém se dê realmente ao trabalho de ler isso.

Não quero mais saber de sonhos malucos, nem encontros casuais nas situações mais esdrúxulas possíveis, mesmo sabendo que tais situações nunca vão parar. Por isso peço encarecidamente que eu entre em um universo paralelo quando encontre o dito cujo, enfiasse a cabeça no chão feito uma Ema, ou fizesse com que toda vez que ele estivesse perto de mim lhe surgisse uma tremenda dor de barriga, uma dor lancinante mesmo. Não que eu lhe queira o mal, eu até queria, mas sejamos sensatas não é mesmo? Em caso de extremas impossibilidades de tais realizações, aceito até uma lobotomia.

Pois é, basicamente é isso, estou realmente farta dessa situação desconfortável para ambos, sim, por que na situação platônica que a senhora me submete, eu realmente acredito que de alguma forma provoco algum impacto nele, mesmo que esse seja, simplesmente um imenso tédio.

Apesar das reclamações espero que sejamos boas amigas algum dia, que nem aquela música bonita dos Beatles e que a senhora escute aquele metido a comunista, o tal de razão.

Aguardo ansiosamente a resposta,

Com carinho,


Luciana