All the nobody people.

Sobre as mudanças de tempo e os alucinógenos efeitos colaterais.

Eu tenho essas estranhas visões das coisas as vezes. Ontem indo pegar meus maloqueiros para assistir filme(aquele filme da abellhinha, que aliás é uma graça :D)tava uma chuva danada e a cidade sem luz.Mesmo sendo uma cidade pequena, Teresina abriga motoristas extremamente cheios da boa ultraviolência, que foram ainda aprimorados na mala educación, devido aos seus cérebros serem torrados pelo calor que enfretamos anualmente.

O fato é que em pleno fim de tarde, me senti perambulando em Silent Hill. Aquela penumbra, luzes esfumaçadas, a zoada de buzinas, e o som da chuva naquele crepúsculo que o Edson não gosta. Por que segudo meu amigo, exímio fotógrafo e ribeirinho, crepúsculos devem ser coloridos. E lá só tinha a escuridão. Não a que dá medo, mas a que preenche. Mesmo os otimistas devem adimitir que luz demais cega. Eu me senti partilarmente bem naquela hora. Não importava se eu estava presa no trânsito ao som da buzinada incesante de um velho que parecia o Leôncio, cuja mulher cantarolava calmamente alguma canção ignorando as reclamações do marido bigodudo. Cheguei ainda na hora do filme, e tomar sorvete no frio é bem melhor.