quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

A cólera que nunca cessa.

"He had not missed a single one of her gestures, not one of the indications of her character, but he did not dare approach her for fear of destroying the spell..."

Então, fui ver numa empolgação quase liségica a "Bússola Dourada", só que como sempre os cinemas daqui fodem com a paciência e colocam o catso do filme dublado. Eu lembro que os dois primeiros Harrys tive de assistir dublados, mas comos fãs de hp são psicopatas insistentes, existem cópias legendadas para nós, adultos retardados e dubladas para as criança-catarrenta, não é mesmo minha gente?

Pois sim, só sei que acabei vendo o livro-agora-filme "Amor em tempos de cólera", que é mais um da coleção um-dia-começo-a-ler. Sabia de pouca coisa do livro, só de alguns comentários que o livro era meio piegas e talz, mas eu até que gosto dessas breguices amorosas, "Did my heart love 'till now? Forswear it sight. For I never saw true beauty 'till this night" . O título eu gostava. Forte, mas nunca me apeteceu o suficiente para começar a ler. E lá estava, ao lado da minha tangerina, da amiga da tanja e do amigo delas ( ainda assustado com nossa falação típica no cinema) vendo o amor, mais idealizado e ao mesmo tempo mais concreto de todos.

O dono da fançanha era Mike Newell, diretor do clássico-Hugh-Grant "Quatro casamentos e um funeral", do mais belo "Sorriso de Monalisa" e de um certo cálice de fogo :D . O elenco tinha o estupendo e muy guapo sí, Javier Bardem e nada menos que Fernanda Montenegro em uma curta e poderosa participação . A história era de um amor suspenso no ar, que trespassava pelo tempo como um balão no meio das florestas espanholas, embalado pelas lamúrias musicais de Shakira ( assinando a trilha e levando uma indicação ao Globo de ouro :o) e era inalcançável para os dois personagens principais. Florenzo se apaixonou por Fermina desde o momento que a viu. E o amor vira a obssesão do personagem, que apesar que causar desconforto, passa veracidade nesse objetivo; curar seu coração partido. Florenzo anseava pelo amor que permanecia suspenso brincando com a vida dos dois, e Fermina se afastava dele com todas sua força.

Eu fiquei pensando se não estaríamos todos fadados a morrer de amor, como pedaços de ferro corroídos pelo tempo. A dor dos corações partidos que nunca parecem curar e dos corações tão duros que não conseguem amar, acho que o amor é realmente uma coisa fodida demais para ser a coisa mais bonita do mundo. Como é que uma coisa tão idealizada têm uma dor tão concreta? Me arrisco a dizer que talvez seja sua pureza, que não consegue enxergar nosso desespero. A cólera do título pode ser até como a doença, fulgaz quando se expalha, trapaceando o tempo e deixando o corpo se desfazer em lágrimas. Só queria saber da onde vem essa zanga toda...coitados de nós!

3 comentários:

maria clara disse...

"Como é que uma coisa tão idealizada têm uma dor tão concreta?"

boa pergunta...
=/

Rafael Campos disse...

oq justifica meu pedido numero um de ano novo: menos amoooooooooor!

tainah disse...

Quero ver pelo Javi!