All the nobody people.

Eu já tive a fase pré-adulta de sair todos os dias,para todas as festas da cidade.Até as que obviamente não tinham nada haver comigo(como uma micareta lazarenta e chuvosa nos confins de Barras-PI).Acho que esse meu momento energético surgiu mais pela falta do que fazer,na greve de 6 meses que peguei da UFPI(e pegarei mais outra em um futuro não muito distante¬¬) do quê da minha vontade.Mas eu não digo que foi uma época ruim em sua totalidade.E agradeço por ter tido essas experiências.Acho bem mais difícil saber do que eu não gosto.E eu tive momentos realmente bons.

As festas em sua maioria,ainda estão na minha memória,como as melhores da minha vida.O que era difícil para mim mesmo,foi sentir o peso das horas.Um ano é muito tempo.Muito mesmo.Talvez daí que tenha vindo minha repulsa por rotinas,e ânsia por ir embora daqui.A frase clichê do “Carpe diem” me deixava irritada.Tempo nós temos tempo.Ele é denso,e lento e igual para todo mundo no começo da vida.Mas a maioria das horas,nós passamos fazendo coisas realmente não muito proveitosas,exatamente por que estamos presos a todas aquelas premissas de Trainspotting.

Viver é intoxicante,mas ninguém quer morrer antes de realizar seus desejos mais sórdidos e caprichos mais loucos,"o tempo é malvado e trapaçero".A tão temida morte está bem ali esperando,e não temos tempo para fazer tudo isso.Se tempo é o problema então o ideal seria viver para sempre não é?But who the fuck wants to live forever?

Pois é.Vamos deixar as lamúrias temporais de lado.As horas são as mesmas desde o fatídico sétimo dia do todo poderoso ou do velho oeste das galáxias Big Bang.A vida é que muda,e a que se leva é diferente da que aprendemos nos livros,uma tal de "sociedade".Mas como o Bob me canta em toda sua rouquidão que os tempos estão mudando,eu concordo no ritmo da sua gaita que sim,eles estão.Deve ser isso a causa da complexidade de nossos problemas e nossa prepotência singular,afinal que galera que habitou a terra conseguiu a peripécia de mudar o tempo?Poxa,que legal.

Nós estamos numa grande encrenca isso sim.E mesmo assim,ter a vida mais ordinária possível,é o que nos ensinam para afastar toda essa bagunça.Nós estamos rumando a extinção,como a geração mais estúpida que já passou pela terra.
Por isso eu aviso homericamente aos habilidosos,e iludidos,controladores do tempo com seus relógios e pressa do Coelho Alice e brasão“Carpe Diem” estanpado no peito para desistirem de lembrar de seus feitos e sonhar com as futuras realizações.Aproveitem tudo agora,por que o futuro não pertence a Deus,nem ao destino ou qualquer coisa ou pessoa que nós nos apoiamos como consolo.O futuro é velho,e rancoroso."Carpe omnium".